Juliette Lancelotti

terça-feira, 30 de junho de 2009 - Postado por Luiza Drumond às 10:21
Juliette Lancelotti
-Hei, Hei Pedro, quem é aquela garota?
-Quem Pedro?!
-Aquela dos olhos verdes, do cabelo castanho cacheado, do vestido rodado.
-Ah, é nova aula, ela veio da França, tem um sotaque maravilhoso.
Pedro tinha 15 anos, era moreno, dos olhos pretos, vestia o uniforme típico da escola; Sapato social, meias branca até os joelhos, um short azulado e um óculos torto, esse é Pedro Powter, o menino mal arrumado.
Seu amigo, Alberto, tinha a mesma idade também, era loiro, branquelo, dos olhos azuis, vinha de uma família rica. Esse era Alberto Beirut, o menino rico.
Há menina do vestido rodado, se chama Juliette Lancelotti, veio da França e realmente tinha um sotaque maravilhoso, morava em uma pequena cidade, Dunquerque, essa era Juliette, a menina do sotaque maravilhoso.
A aula já iria começar, era aula de português, a professora se chama Alana, era ruiva, alta e usava óculos, como toda professora de português.
- Bom dia, meus alunos, hoje nós vamos aprender sobre pronomes, temos vários tipos de pronomes, relativo, interrogativos...
Enquanto ela falava os tipos de pronomes, olhava para todos os alunos, estava olhando demais para Juliette, derrepente ela parou e falou:
-Olha, temos uma nova aula -com um sorriso enorme no rosto – Olá, bonitinha, como é seu nome?
-Olá, professora, me chamo Juliette Lancelotti- sussurrava ela
Pedro observando
-Hum, seja bem-vinda -Se levante, venha se apresentar pra turma
A menina estava vermelha de vergonha, se levantou-se e foi até a professora.
- Bom, meu nome é Juliette Lancelotti, como vocês já devem saber, vim da França, de uma pequena cidade, Dunquerque, gosto muito de animais, gosto de música clássica e cores fortes- com um sorriso lindo no rosto.
Pedro, apaixonado, chamou ela para almoçar com ele, e mais uns amigos, Gabriela, Anne, Alberto e Luca...
Pedro puxou a cadeira pra Juliette.
-Obrigada, Pedro – dizia ela, tímida
-Mais e aí, gostando do Brasil?
-Ah, eu ainda não tive o prazer de conhece-lo, cheguei aqui no sábado, tenho que me acostumar com o fuso horário e com o clima, aqui é bem quente e bonito!
-A sim, tudo bem, depois agente te leva pra conhecer, as praias, trilhas... Fico feliz em saber que você está gostando daqui- olhos dele brilhava ao olhar pra ela.
-Oi, francessinha- dizia Anne- prazer, sou Anne.
-Oi, Anne- estendendo a mão pra comprimenta-lá- prazer em te conhecer também
Telefone de Juliette tocou, era a mãe dela.
- Alô, mãe, bom dia! -sorrindo
- Oi, filha, como está? Está gostando da escola? Estão te tratando bem?- fala a mãe aflita
- Calma! Calma! Estou bem, a escola é ótima, estão me tratando muito bem.
- Estou calma, filha, apenas preocupada com você, fico feliz por isso, até mais, tchau, se cuide.
De volta a mesa, no meio do caminho, Pedro aparece do seu lado, com um doce na mão.
-Oh, obrigada Pedro, você está sendo muito gentil comigo, obrigada por tudo- sorrindo pra ele, em seguida ela aperta as bochechas dele- Tímido, ele sorria também- Não a de que, você merece, espero que goste do doce!
O sinal toca, todos de volta para sala, agora era aula de educação física, todos pegaram suas mochilas e foram até os vestiários, meninas pra os femininos e os meninos pra os masculinos, é claro. No meio do caminho Gabriela puxa um assunto;
- Hei, garota, prazer sou Gabriela.
- Olá, Gabriela, prazer em te conhecer também, sou Juliette.
- Huuum! Legal seu nome, vamos para o vestuário, nos trocar.
- Vamos, vamos, sim! Que bom que gostou dele- sorria mais uma vez.
Entrando no vestiário, Pedro gritava seu nome: - Juliette! Juliette!
- O que foi, Pedro? – colocando a mochila no chão.
- Se quiser depois, venha jogar volei comigo e mais uns amigos – com a mão na cabeça.
-Oh, volei, esporte- olhava pra cima e para baixo- acho que não é uma boa, desculpe.
- Por quê?! – olhando para baixo
- Não sei jogar direito, nunca fui muito boa com esportes.
- Ahh, sem problemas, ninguém ali, joga bem realmente, agente só joga pra se diverti.
- Se é assim, eu jogo então, deixe eu só trocar de roupa, não dá pra jogar de vestido e sandália, não é?!
- Pedro ria- sim, sim, é claro, ok, tudo bem, vai lá, ficarei te esperando aqui.
Juliette, entrou no vestiário, colocou a mochila no chão e sentou-se, tirando um short preto, que deveria pegar mais o menos no joelho, junto a uma camiseta colorida e um tênis esportivo. Tirou o vestido e a sandalia e seus brincos e colocou o short e a camiseta.
- Com quem estava falando? – dizia Anne
- Com Pedro, ele estava me chamando pra jogar volei- colocando o tênis- venha também.
- Vou sim, adoro volei, vou adorar.
As duas saíram juntas do vestiário, e Pedro estava na porta sentado, cantando.
- Pronto, vamos? – dizia a francesa
- Vamos sim- Pedro pegou na mão dela e foi andando.
Alberto gritava: Vamos logo gente, se organizem-se. Todos ficaram nos seu devidos lugares; Pedro na rede, pois era o mais alto; Alberto no meio; Anne do lado direito; Juliette no lado esquerdo e Luca iria manda a bola! E o jogo começou, a bola passou a rede, passou na mão de: Camila, Daniel e Amanda, foi para o outro lado, foi parar na mão de Juliette, que mandou para Alberto e depois para Pedro, que fez um ponto. Bateu o sinal, todos correram, só ficaram a francesa e Pedro na quadra.
-Gostou do jogo? –perguntava ele- sentado no chão.
-Sim, sim, é bem legal, nós ganhamos! – sentava no seu lado.
-È, você nem é tão ruim assim, ajudou agente ganhar.- sorria Pedro.
-Fui melhor do que eu imaginava- respirou fundo
- O que foi, Juliette?- preocupado.
- Nada, só estou cansada, o dia foi cansativo.
-Sim, foi bastante- olhava pra ela- porque saiu da França e veio pra cá?
- Porque, porque, minha mãe e meu pai, recebeu uma proposta de trabalho, e eu tive que vir pra cá, não tinha escolha, era eu vir ou eu vir- olhava para baixo
- Ah, entendo. È sempre bom conhecer lugares novos- pegava na sua mão
-Sim! Estava cansada das pessoas de lá, mais eu gostava muito delas, vou sentir falta delas.
- Eu preciso fazer isso- Pedro chegou mais perto dela, pegou na sua cintura e no seu pescoço, encostou seus lábios nos dela e a beijou. Um ótimo começo para o primeiro dia de aula.
Juliette se afastou de Pedro, e disse:
-Hei, calma, eu não tenho permissão para namorar ou algo do tipo, desculpe. – olhava para baixo.
Anne olhava de longe, com raiva, pois gostava de Pedro, e ela era a melhor amiga dele, e tinha perdido o lugar pra Juliette.
-Oh, desculpe-me, não consegui me controlar, me desculpe mesmo.
- Ok, sem problemas, mais se controle. Vamos logo, está na hora de ir embora.
Pedro se levantou e ajudou ela se levantar... Ela foi para o vestuário e ele também. Quando Juliette entra lá, se depara com Anne chorando em um canto.
- O que foi, Anne? –preocupada
- Saia daqui já! Quero ficar sozinha- com raiva gritava Anne.
- Ok, ok, eu saio, mais fique bem- beijou sua cabeça e em seguida saiu.
Preocupada e confusa, sem saber o que fazer, andava Juliette, com os olhos cheios de lágrimas, pois não gosta de ver ninguém chorar, encontra com Pedro nos meio do caminho.
- O que foi, Ju? – com as mãos no seu ombro.
- A Anne- soluçava- está lá no vestiário chorando, não quis nem falar comigo.
- O meu Deus, não pode ser- envolvendo Juliette em um abraço.- Não chore, não é culpa sua, é toda minha- limpava as lágrimas dela.- sua mãe está te esperando, vá embora, amanhã agente se ver.
- Não posso, e a Anne?
- Vá, por favor, não quero que você arrume confusão- deu um beijo em sua bochecha- vou lá ver o que ela tem, não se preocupe.
- Tudo bem, Pedro, até amanhã, se cuide.
Juliette, andava em direção ao carro de sua mãe, com cabeça baixa, em quanto, Pedro ia para o vestiário. Chegando ao carro, ela abre a porta e entrou
- Oi, mãe- limpando suas lágrimas.
- O que foi filha? – olhando para ela.
- Nada mãe, vamos embora.
- Não filha! Fale – insta a mãe.
- Não! Vamos embora! – gritava a menina.
- Tudo bem filha, fique calma. Tome água. –abria a bolsa
-Vou ficar calma- bebendo a água, em seguida ligava o som.
Chegando em casa, foi direito para seu quarto, não quis jantar, deitou em sua cama e adormeceu... No dia seguinte acordou atrasada para aula, então nem foi, ficou em casa. Acordou 10:30, quando acordou, como costume, foi até a janela ver o sol. Sua mãe entrou no quarto, e deu bom dia para Juliette.
- Bom dia, minha filha.
Derrepente Juliette, cai nos braços de sua mãe. Ela sofria de leucemia, ficou sabendo disso ano passado, o médico dela disse para ela levar uma vida normal, de uma adolescente. Levou ela até em um hospital da região, foi atendida mais depressa possível. Ficou internada três dias. Os pais delas receberam a noticia que ela teria um ano de vida, e que era pra ela fazer tudo que ela queria fazer, na sua vida inteira, claro que não daria, pois uma vida inteira não dá pra resumir em um ano. Juliette Lancelotti tinha uma lista de desejos, lista do que queria fazer em sua vida. O número um, era se casar na igreja em que seus pais casaram com quem ela amava de verdade e quem a amava também, e seria com Pedro. Eles se casaram um mês depois de sua recaída, pois ela já estaria bem melhor, o casamento foi lindo! Com tudo que os dois tinham direito, com o vestido mais belo e o terno mais bonito. Vestido branco, com detalhes delicados, o terno branco também, com uma rosa vermelha em seu peito. Os dois adotaram duas crianças, Fernanda e Lucas. Juliette morreu um depois, e deixou uma carta para Pedro.
Pedro Powter,
Talvez um dia eu vá a muitos lugares e conheça muitas pessoas... Talvez eu volte mais... Talvez eu me case talvez não... Mais eu quero dizer sem qualquer esperança ou plano que mais lugares que eu visite, que nem por um segundo eu vou me esquecer de você. Mesmo longe meu coração sempre será seu. Tudo que você fez por mim, foi lindo. Em pensar que aquele beijo na quadra, iria se transformar em um casamento. Obrigada por tudo. Não se esqueça de que você sempre vai ser parte de mim. Eu te amo.

Juliette Lancelotti





Hoje, Pedro, está vivo, com 16 anos, junto com seus filhos, vivendo normalmente e pretende fazer faculdade de medicina. Em pedido de Juliette, ele ira se casar com Anne, em Março do ano que vem. Juliette foi cremada e as cinzas estão junto a seu vestido rodado dentro do quarto de Pedro.