Escrevo-te com intuído de paixão desesperada, escrevo-te com o coração cansado. Escrevo em forma redundante, sem parar, sem pensar. Escrevo fatos reais e irreais, minto um amor em poesias. Quem dera eu caber em entre linhas, quem dera eu ser quem penso. Quem me dera não ser existência delicada, quem dera eu existir! Sou poetisa mentirosa. Poetas mentem, sofrem, sonham e choram. São frágeis, são existências delicadas. São criaturas charmosas e misteriosas. Quero nos versos que escrevo formas geométricas, quero substituir essa coisa familiar que é a escrita por um pincel delicado. Quero deixar de ser para existir. Quero pôr em palavras a paixão sofrida. E depois de existir, quero continuar escrever enfeitiçada. E o que vou querer escrever? Alguma coisa mais tranqüila e sem modas. Alguma coisa com lembrança. Alguma coisa como: “Olhe pra mim e me ame.”