Anestesiada perda sem lágrimas

domingo, 18 de setembro de 2011 - Postado por Luiza Drumond às 10:13

Eu não sei por que o acordar tem que ser seguido de algo sempre tão ruim...Era para ser “bom dia”, ”boa tarde” e “boa noite” e não uma seqüência de manhãs, tardes e noites ruins. Eu realmente estou vivendo a vida em círculos... Ando, ando, ando e sempre volto ao mesmo estado de espirito ruim, e depois, tudo volta ser como era... E na cara dura e depois, tudo se repete... Eu fico me perguntando: "Até quando?" O coração não aguenta, a alma não aguenta, eu não aguento. Clamo por descanso.

Dilacerando

quinta-feira, 15 de setembro de 2011 - Postado por Luiza Drumond às 13:02



Sensação de grama verde podada aqui dentro, de alma limpa e coração leve. Ando me assumindo, me desmentindo e sendo levada por um ser que posso chamar de “eu.” Por um ser que estava vagando num vagão imaginário de algum trem sem rumo. A cada repartição, a cada encontro e vinda, venho me encontrando e indo a encontro da alma, coração e corpo. Vivo silenciosamente a espera do “eu” que se perde e que sempre se encaixa no “procurar.” Apesar do quebra-cabeça não se encaixar e sempre se dilacerar, o ser vem delicadamente e com cuidados para não ser quebradiço e não perder a postura e nem a força nas pontas dos pés. Vem se forçando em cada gesto, em cada palavra e em cada momento, mas no ponto alto do “ser” descobre que “ser” tanto assim é o abismo pro “eu” que pensa e sente demais e que viver intensamente assim é o precipício para ter motivos para se perder novamente.