Tiquetaqueando

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012 - Postado por Luiza Drumond às 12:40




Aquela impressão nunca durou tanto, aquele movimento de vai e volta nunca foi o compasso perfeito para a aflição, tiquetaqueando no ritmo até o fim. Aquela impressão preta e branca impressa em toda folha esmagada e escrita não tinha fim, nem história e nem essência. A ausência de cor era bonita, triste e inspiradora, como um vento num dia ensolarado, um sopro num dente de leão limpando os pulmões e aliviando calmamente os ares. Era apesar de triste, bonita.