Alguém

terça-feira, 16 de agosto de 2011 - Postado por Luiza Drumond às 17:06

Olho ao meu redor e nada enxergo. Olho dentro de mim mesma e nada entendo. Será que existe vida após o arrependimento? Será que existe perdão depois de tantos e tantos erros? E se algum dia eu descobrir que tudo isso que estou vivendo for uma lição para tudo que eu fiz ou será que isso que estou vivendo é um sinal? A confusão não passa. A aflição também não. Tornei-me e sou agora a “conseqüência dos meus erros”, serei para todo o sempre a “garota que erra e continua errando.” O sentimento de errante não passa, a felicidade das pessoas não passa despercebido aos meus olhos, hoje eu acordei e disse: “É hoje, vou me perdoar e ser feliz”, mas antes mesmo de completar o pensamento aquele sentimento mórbido toma conta de mim, colocando-me boquiaberta com o que estou vivendo, colocando-me naquele caos desconfortável que nunca parece passar, colocando-me cara a cara com a vida e comigo mesma e então eu me pego lagrimejando implorando para algum entendimento ou explicação, me pego com o dedo no fundo da garganta vomitando tudo isso que ando sentido e choro por não saber resolver e entender. Se eu pudesse escolher o que eu quisesse agora, exatamente agora, eu escolheria por aquela velha e tão desejada “luz no final do túnel”, eu escolheria por um milagre ou até mesmo por uma alma nova de coração limpo e aberto. Eu apenas escolheria se eu tivesse escolhas.